sábado, 23 de abril de 2011

O Meio-Dia da Nova Era - Bezerra de Menezes



Meus filhos, que o Senhor nos abençoe.

Naquele 18 de abril de 1857, com o Livro dos Espíritos, raiou a madrugada de uma Era Nova.

Nuvens borrascosas acumulavam-se nos céus da cultura humana, tentando impedir que as claridades libertadoras do conhecimento chegassem às consciências humanas.


Cento e cinqüenta anos depois, no entanto, o Livro dos Espíritos transforma-se em pujante claridade, sinalizando o meio-dia dessa Era Nova.

No momento da grande transição porque passa o planeta terrestre marchando para mundo de regeneração, a palavra de Jesus restaurada pelos Espíritos imortais alcança as mentes e os corações, inaugurando o período da legítima fraternidade entre as criaturas.

Ainda não foi logrado o grande mister de alcançar os objetivos a que se destina esta obra incomparável. Nada obstante, já se pode afirmar que logrou produzir benefícios que se não esperavam naquela manhã ainda assinalada pelas últimas mensagens da invernia quando a primavera perfumava Paris...

A luta prossegue sem quartel, convidando os discípulos fiéis do Mestre incomparável à vigilância, à ação, ao devotamento integral à
causa da verdade.

O insigne codificador estabeleceu períodos vários porque passaria o pensamento espírita. Eis-nos, pois, alcançando o período da renovação social, quando o pensamento espírita interferirá na elaboração de leis justas para a sociedade equânime e feliz, quando a voz da mensagem dos Espíritos se erguerá para profligar contra os hediondos crimes que a sociedade invigilante tenta legalizar: o aborto horrendo, a eutanásia infeliz, a pena de morte destruidora de esperança...

Os Espíritos, que continuamos ativos além da morte, sabemos que essas não são as soluções ideais, porque somente o amor através da educação, da educação moral, conseguirá deter a onda de loucura que toma conta da Terra...

Não será através da coerção e das medidas punitivas que se poderão estabelecer as diretrizes para uma sociedade harmônica, pautada no dever.

O crime, mesmo quando tornado legal, permanece imoral, clamando por misericórdia e por justiça...

Erguei as vossas vozes, agi de consciência profundamente vinculada à imortalidade da alma, laborando para que essas leis injustas não se estabeleçam na Pátria do Evangelho. Mas, se por acaso vierem a ser promulgadas, que o futuro encarregue-se de diluí-las e estabeleça o verdadeiro direito à vida, o respeito pela vida.

*

A programação que estabelecestes para este quinquênio é bem significativa, porque verteu do Alto, onde se encontrava elaborada, e vós vestiste-a com as considerações hábeis e aplicáveis a esta atualidade.

Este é o grande momento, filhos da alma.

Não tergiverseis, deixando-vos seduzir pelo canto das sereias da ilusão. Fidelidade à doutrina, é o que se nos impõe, celebrando os cento e cinquenta anos da obra básica da Codificação Espírita.

Não permitais que adições esdrúxulas sejam colocadas em forma de apêndices que desviem os menos esclarecidos dos objetivos essenciais da doutrina.

Kardec é o embaixador dos céus, até este momento o insuperável discípulo do Mestre de todos nós, que soube doar a vida olvidando-se de si mesmo para que a Doutrina Espírita fosse apresentada incorruptível e alcançasse este período sem sofrer qualquer mutilação por parte do conhecimento científico ou das grandes conquistas da tecnologia.

No aspecto religioso, especialmente, oferece-nos, na evocação do Mestre de Nazaré que traz para as ruas das aldeias, das cidades, das metrópoles e das megalópoles o amor como o fez naqueles recuados dias da Galiléia e de Jerusalém, a fim de poder caminhar com todos e conduzi-los não mais ao Calvário, e sim, à gloriosa ressurreição...
Sede fiéis, permanecendo profundamente vinculados ao espírito do Espiritismo como o recebestes dos imortais através do preclaro Codificador.

Suplicando ao Mestre que nos abençoe sempre, em nome dos companheiros hoje Espíritos-espíritas que estão participando deste e dos próximos ágapes, abraça-vos, paternalmente, o servidor humílimo de sempre,

Bezerra

Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo Pereira Franco, ao final da Reunião do Conselho Federativo Nacional da FEB, no dia 12 de abril de 2007, em Brasília, DF. (Publicado em Reformador de junho/2007, p. 8 e 9).

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